Meloni garante a Zelensky continuidade de apoio total da Itália a Kyiv
- 09/01/2025
Em comunicado, o gabinete da chefe de Governo indicou que Meloni recebeu hoje à noite Zelensky no Palácio Chigi, tendo-lhe manifestado "a sua solidariedade para com as vítimas dos recentes bombardeamentos russos" e reiterado "o apoio a 360 graus que a Itália garante e continuará a garantir à legítima defesa da Ucrânia e ao povo ucraniano, a fim de colocar Kyiv nas melhores condições possíveis para construir uma paz justa e duradoura".
Já Zelensky, que chegou a Roma oriundo de Ramstein, Alemanha, onde participou na 25.ª reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, realizado na base aérea norte-americana daquela localidade, revelou, numa publicação na sua conta oficial X, que teve oportunidade de discutir com Meloni "o reforço da segurança, a abordagem dos desenvolvimentos globais e a preparação da Conferência de Recuperação da Ucrânia deste ano, que se realizará em Roma", em julho.
"Estou profundamente grato à Itália e ao povo italiano pelo seu apoio inabalável. Juntos, podemos aproximarmo-nos de uma paz justa e reforçar as nossas posições coletivas", acrescentou na publicação.
Durante a sua estadia em Roma, Zelensky vai encontrar-se, na sexta-feira de manhã, com o Presidente da República italiana, Sergio Mattarella.
A deslocação de Zelensky a Roma tinha também como propósito um derradeiro encontro com o Presidente cessante dos Estados Unidos, mas Joe Biden cancelou a visita a Itália devido aos devastadores incêndios em Los Angeles, na Califórnia.
A menos de duas semanas da tomada de posse de Donald Trump, é uma incógnita qual será a postura da Casa Branca, depois de a anterior administração de Biden ter prestado apoio a Kyiv desde o início da ofensiva russa, há já quase três anos.
Durante uma conferência de imprensa hoje de manhã em Roma, Meloni, próxima do Presidente eleito dos Estados Unidos, disse que "francamente" não antecipa "uma retirada do apoio" norte-americano a Kyiv.
"Trump tem a capacidade de combinar diplomacia e dissuasão, e penso que será o caso desta vez também. Ele pode avançar com uma solução, mas não prevejo que isso signifique abandonar a Ucrânia", declarou.
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