Ataques dos EUA mataram líderes Huthis, diz Casa Branca
- 16/03/2025
Os ataques dos EUA de sábado tiveram como alvo "vários líderes Huthis e eliminaram-nos", explicou o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, em declarações à cadeia televisiva ABC.
Numa outra entrevista à Fox News, Waltz esclareceu que os ataques tiveram "uma força esmagadora", num aviso ao Irão de que "já chega!".
"Todas as opções estão em cima da mesa" para impedir o Irão de adquirir armas nucleares, acrescentou o conselheiro da Casa Branca.
Os Estados Unidos atacaram vários bastiões Huthis no sábado, incluindo a capital Sanaa, matando pelo menos 31 pessoas, incluindo crianças, de acordo com um relatório dos insurgentes hoje divulgado.
Ao anunciar os ataques no sábado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu o "inferno" aos "terroristas Huthis", após as suas ameaças contra o comércio marítimo e contra os interesses de Israel.
Trump exigiu também ao Irão que terminasse o seu apoio aos rebeldes Huthis.
Após o início da guerra de Gaza, em outubro de 2023, os Huthis realizaram vários ataques com mísseis "em solidariedade com os palestinianos" contra Israel e contra navios acusados de terem ligações a Israel.
Os ataques cessaram com a entrada em vigor, a 19 de janeiro, de um cessar-fogo em Gaza, após 15 meses de guerra destrutiva.
Recentemente, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse que Washington cessará as operações contra os rebeldes se os Huthis terminassem a sua ofensiva.
"Esta campanha é sobre a liberdade de navegação", explicou o chefe do Pentágono.
Os ataques interromperam o tráfego no Mar Vermelho, uma zona marítima vital para o comércio global, levando os Estados Unidos a estabelecer uma coligação naval multinacional e a atacar alvos rebeldes no Iémen, por vezes com ajuda do Reino Unido.
De acordo com o Pentágono, os Huthis "atacaram navios de guerra dos EUA 174 vezes e embarcações comerciais 145 vezes, desde 2023".
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